Idéias a disseminar se.

Jornalista concretiza sonho na construção de uma biblioteca infantil multilíngue ao público infanto-juvenil
Tudo começou com a idéia de montar uma biblioteca infantil multilíngue, um espaço de inclusão social, com uma diversidade de conteúdo e entretenimento, por uma simples frase por e-mail aos amigos próximos: “Alguém tem um livro aí?”. Depois desse envio, surgiram alguns problemas: Como coletar os livros? Onde guardá-los? E o principal, quem irá ceder o espaço? Foram essas e outras dificuldades que Duda de Souza Porto, jornalista e escritora, enfrentou para colocar seu projeto em prática.
Como estudou em um colégio em que a biblioteca era um local inclusivo, que unia educação e entretenimento, Duda sempre foi apaixonada por livros e o mercado editorial, por ter viajado o mundo e falar muitos idiomas, pensou em espaço que reunisse tudo isso no Brasil. “Encaminhei alguns e-mails aos meus colegas com a ideia do projeto. Alguém encaminhou para gestora Patricia Cardim, do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, que adorou a ideia e respondeu: ‘nós temos livros e um espaço aqui”, recorda-se.
Para o sonho ser realizado, era preciso coletar uma quantidade de 10 mil livros bem selecionados, seguindo critérios da universidade. Durante três anos, a escritora arrecadou 15 mil obras, doadas por pessoas físicas, escritores como Ziraldo, Ruth Rocha, e jurídicas como editoras e consulados de outros países. Desse total, além de português, o espaço terá livros em inglês, francês, espanhol e até em japonês. Haverá também obras em Braille e para mães sobre maternidade.
Existirá no local uma seleção de livros especializados em arte para crianças. Segundo a gestora do sistema de biblioteca do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Leilla Rabello de Oliveira, esse será um grande forte para atrair público, além das estratégias de utilização e programação diferenciada que serão implementadas.
A biblioteca com 450m² será instalada no Núcleo de Design, localizada na unidade 3, no bairro Vila Mariana, zona sul da capital paulista, e com previsão de inauguração para fim de novembro deste ano. O ambiente retratará o mundo infanto-juvenil, um lado lúdico e convidativo, com o tema do sol. Oferecerá ainda uma brinquedoteca, com gibis, revistas, DVDS e um espaço para rodas de histórias. O Centro Universitário Belas Artes manterá visitas abertas ao público para consultas e fará gratuitamente o cadastro de escolas associadas para que seus alunos possam emprestar obras.
Frequentado tanto por crianças e jovens para leitura, o espaço também será fonte de estudo e entretenimento a adultos, estudiosos e profissionais.  É um projeto de utilidade para o público interno e externo e, se estenderá para crianças estrangeiras.
“Atualmente montamos um showroom, que já é um laboratório de estudos aos alunos e professores que se interessam por ilustrações, quadrinhos, desenhos, narrativas infantis, capas de livros infantis, entre outros. Para se ter uma ideia, um grupo de pesquisa já foi criado e diversos alunos autores já encaminharam as suas obras. Para a universidade, é uma maneira de contribuir com a formação de leitores e de responsabilidade social”, afirma a gestora.
Duda comenta que escolheu o público infantil, por acreditar que é nessa fase em que tudo precisa começar, e, com o entretenimento e a educação juntos incentivarão milhares de crianças a sentirem prazer pela leitura. “Será uma experiência maravilhosa saber, que propiciei várias crianças a ler, uma espécie de troca entre eu e elas”, diz Duda.

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