Especial da Biblioteca Virtual traz dicas para criação de hortas caseiras


Já pensou em ter a sua própria horta caseira e ter sempre à mão ervas e alimentos frescos, sem precisar sair para comprá-los, e – o melhor!- totalmente saudáveis e sem agrotóxicos?
Não é privilégio dos moradores das áreas rurais e nem daqueles que têm quintal em casa. Mesmo em ambientes urbanos, até mesmo em apartamentos (ou, como muitos dizem, “apertamentos”), é possível manter uma mini-horta e garantir uma produção autossuficiente de alguns alimentos.
Neste especial, daremos algumas dicas de plantio em espaços reduzidos: vasos, garrafas pet, entre outros inusitados locais. Vamos falar sobre os macetes no cultivo de cada espécie e o que fazer para que fiquem sempre viçosas e saudáveis. Mostramos também o ranking dos alimentos com mais agrotóxicos no mercado e quais cuidados de higienização devemos tomar antes de consumir os diversos vegetais.


Falta de espaço não é desculpa: faça a sua própria mini-horta

Cada vez mais a preocupação com uma alimentação saudável, com menos aditivos químicos, tem levado muitas pessoas - principalmente nos centros urbanos - a cultivarem sua própria horta. Além da questão da saúde, uma produção autossuficiente faz bem ao meio ambiente: é orgânica e não necessita de agrotóxicos. Faz bem ao bolso: para que ir à feira, se você já tem o que precisa em casa? E um amplo espaço não é pré-requisito essencial para se ter uma horta. Uma mini-horta pode ser cultivada em qualquer canto (apartamentos, corredores, vasos, etc.) como mostraremos nas dicas a seguir.
É claro que é preciso ter critério e um certo conhecimento das espécies para avaliar o que se pode plantar no espaço que você tem disponível. Não é possível cultivar melancias, jacas ou maçãs na varanda de seu apartamento de 43m²; mas jabuticabeiras e romãzeiras se desenvolvem bem nesse tipo de ambiente. Ervas usadas como temperos (louro, manjericão, cebolinha, hortelã, erva-doce, alecrim, entre outras) podem ser cultivadas em pequenos vasos, até mesmo na janela de sua cozinha. Aliás, as ervas são as campeãs na preferências das mini-hortas urbanas. Fáceis de cultivar, as ervas frescas são uma melhor opção para ressaltar o sabor da comida em lugar do sal refinado e dos temperos artificiais prontos.
Bem, mas vamos ao que interessa! No vídeo a seguir - feito pela revista Casa e Jardim - são dadas algumas orientações sobre como preparar o vaso para plantar as espécies; quais os cuidados necessários para que as mudas cresçam fortes e dicas específicas de plantio para determinadas espécies (como manjericão, hortelã, etc.).



Se você não tiver vasos disponíveis, não há problemas! Você pode improvisar vasos com objetos que você tem na sua casa e que, de repente, até iria jogar fora, como é o caso das garrafas pet. Este outro vídeo mostra como fazer uma horta suspensa com elas.



Ainda há outras maneiras de improvisar a garrafa pet como uma jardineira suspensa. Dê uma olhadas nos links abaixo:
Horta vertical com garrafas pet, projetada pelo arquiteto Marcelo Rosenbaun com garrafas deitadas
Garrafas que parecem vasos - elas são cortadas ao meio e pintadas

A criatividade não tem limite. Veja como objetos diversos podem virar vasos ou jardineiras:
Sapateira transformada em horta suspensa - dica do blog Vila do Artesão
- Hortas em caixas de leite - dica do jornal Gazeta do Povo
- Galeria de fotos de vasos e canteiros - inspirações da revista Casa e Jardim


Cuidados gerais para quem quer ter uma horta bonita

Agora que você já viu como começar a horta e preparar o plantio, saiba o que fazer para mantê-la sempre bonita e saudável. São pequenos cuidados que fazem toda a diferença:
- A horta deve receber luz durante a manhã e à tarde, totalizando pelo menos 4 horas diárias;
- Quanto mais escuro for o local, mais perto da janela os vasos com as mudas devem ser colocados;
- Se aparecerem galhos ou folhas velhas, secas ou apodrecidas retire-os. Eles são a porta de entrada para o enfraquecimento da planta;
- Quando for cortar galhinhos ou folhas com uma tesoura, é preciso esterilizá-la antes de passar de uma planta a outra, para evitar contaminações. Para isso, passe a lâmina no fogo por alguns segundos e espere esfriar antes de usá-la novamente;
- Use palitos de churrasco (ou outra coisa semelhante) para apoiar as mudas que estão crescendo, amarrando-as com barbante ou aqueles araminhos que costumam fechar embalagens;
- Não deixe a terra encharcada. Umidade demais favorece a propagação de fungos e acarreta em doenças. Se não houver drenagem suficiente (com pedras no fundo do vaso, por exemplo), a raiz pode apodrecer;
- Quer ter ervas sempre verdinhas e bonitas? Use-as bastante! Se não for usá-las, pode-as com bastante frequência, pois isso estimula o crescimento de novas folhas, evitando que murchem e sequem.
Nos links a seguir, você encontra mais dicas para montar sua horta:
10 dicas da Casa e Jardim para montar uma boa horta na sua casa
Guia da horta doméstica do site M de Mulher


Cada espécie, uma necessidade

Cada espécie tem crescimento e necessidades diferentes. Por isso, procure saber antes quais são as características específicas de cada uma, para tratá-las do jeito mais adequado. Isso evita problemas e frustrações futuras, como ver a planta morrer ou “sufocar” as outras.
Aí vão algumas dicas bem especiais sobre as espécies que mais frequentam as hortas caseiras:
ALECRIM - quando se torna adulto, acaba virando um arbusto. Por isso, plante-o em um vaso grande com, pelo menos, 30 cm de altura. Colha os galhinhos com uma tesoura apropriada para jardinagem, para não tirar lascas ou machucar a planta;
ALFACE - precisa de 20 cm de distância entre cada muda;
CEBOLINHA - gosta de solo bem drenado e rico em matéria orgânica. Pode ser colhida até quatro vezes, rebrotando fácil e rapidamente;
COENTRO - gosta de bastante sol e solos ricos em matéria orgânica;
HORTELÃ - tem raízes invasoras, que destroem as de outras espécies. Ela precisa estar num vaso só dela. Depois de quinze dias do plantio, já pode ser colhida. Crescem bem em lugares ensolarados, mas toleram bem uma leve sombra;
MANJERICÃO - pode atingir de 40 a 60 cm de altura. Por isso, de preferência, plante-o em um vaso grande com, no mínimo, 30 cm de altura. É uma das ervas mais aromáticas; porém, suas flores roubam o aroma das folhas. Para não perder o que ele tem de mais precioso, pode as flores com frequência;
ORÉGANO - gosta de ambientes ensolarados, solo leve e arenoso, com boa drenagem. Renove o solo do vaso anualmente;
SALSINHA - prefira vasos ou canteiros pequenos. Na hora de colher, o segredo é cortar o galho e não apenas as folhas, deixando-o a um ou dois dedos de distância do solo. Rebrota até quatro vezes;
TOMILHO - atinge de 10 a 30 cm de altura, e tem os ramos aveludados, que normalmente só começam a ser colhidos depois que a planta atinge dois anos. Para crescer bem, necessita de bastante sol e de um solo leve e arenoso.

Na hora de escolher as ervas, procure selecioná-las segundo as exigências de luminosidade. Dica de uniões que dão certo (para quem tem receio de misturar espécies diferentes em um único vaso):
• Alecrim, tomilho e sálvia;
• Manjericão, anis, carqueja e sálvia;
• Manjericão, manjerona e cebolinha.
Aqui vão alguns links sobre cultivo de ervas aromáticas:
- Guia de ervas aromáticas

Horta Doméstica


Conheça os adubos orgânicos

Sem adubo, não dá! Ele é fundamental para que a planta cresça nutrida e saudável. A terra precisa ser adubada a cada 40 dias ou toda vez que for feita a poda.
E aproveitando o fato de você poder ter o controle de sua produção, por que não escolher um adubo orgânico? Ele provém de matérias de origem vegetal ou animal, sendo que os inorgânicos são obtidos a partir da extração mineral ou de derivados do petróleo. O excessivo uso de inorgânicos pode alterar a composição química do solo, tornando-o menos produtivo e causar danos ao ecossistema. O orgânico, apesar de ter atuação mais lenta do que o inorgânico, é mais saudável para o solo.
Conheça um pouco mais sobre os diversos tipos:
HUMUS DE MINHOCA - um dos mais indicados para ambientes muito fechados ou que não tenham varanda. Não tem cheiro e possui e fornece diversos nutrientes para as plantas;
TORTA DE MAMONA - rica em nitrogênio, atua no crescimento das plantas e na produção de clorofila, fazendo com que as folhas fiquem bem verdes. Mas há um porém: ela é tóxica para bichos e crianças. E se for misturada com a farinha de osso, pode atrair os cachorros pelo cheiro;
FARINHA DE OSSO - é rica em fósforo, que estimula o desenvolvimento das plantas e o crescimento das raízes. Duas partes iguais de farinha de osso e de torta de mamona são ideais para hortas e vasos com temperos. Mas se tiver bichos de estimação, essa mistura pode ser tóxica, como explicamos anteriormente;
TORTA DE ALGODÃO - alternativa à torta de mamona (evita os problemas que ela causa). É rica em nitrogênio;
BOKASHI - seu nome vem do japonês e significa “composto orgânico”. É obtido na fermentação de farelos diversos com o auxílio de microrganismos. Os ingredientes podem variar conforme a região. No site da Embrapa há umareceita do bokashi;
TORTA DE NIM OU NEEM - resulta do processo de extração do óleo das sementes de neem, uma árvore de origem indiana, que atinge até 10m rapidamente. Proporciona um maior desenvolvimento da raiz e o fortalecimento das plantas. Basta misturar 200g para cada 20kg de terra. Além de ser um adubo, ela também atua como ótimo repelente de pragas e insetos.


As pragas mais comuns e os repelentes naturais

Veja uma descrição das pragas mais comuns e que são potenciais inimigas de nossas hortas domésticas:
COCHONILHA - semelhante a um pequeno besouro marrom ou uma bolinha de algodão. Come os brotos das plantas;
LESMA E CARACOL - comem folhas e flores. Retire-os, usando luvas. ou espalhe rodelas de chuchu à noite e volte uma hora depois para descartá-los;
PULGÃO - trata-se de uma espécie de formiguinha, verde ou preta. Destrói brotos, folhas, flores e frutas. É preciso combatê-lo imediatamente, pois espalha-se com rapidez;
LAGARTA - filhote de borboleta ou mariposa. Gosta de folhas duras e escuras, como as de couve e escarola.

Se seu objetivo é ter uma horta caseira e orgânica, opte pelos repelentes naturais, em vez de usar inseticidas químicos. Sua saúde agradece! Aí vão algumas dicas espertas:
PLANTE CAPUCHINHA E CRAVO-DE-DEFUNTO
A capuchinha é uma planta que encontrada nas encostas das montanhas e que produz uma flor comestível, que as lagartas costumar apreciar. Se forem plantadas entre as verduras, pode apostar que as lagartas darão preferência à elas e deixarão as hortaliças em paz. O cravo-de-defunto na horta pode afastar, além das lagartas, as moscas e os pulgões.
USE ÓLEO DE NIM
Falamos, anteriormente, que a torta de nim é um ótimo adubo. O seu óleo, por sua vez, é um repelente natural e barato, que pode ser encontrado em casas de jardinagem. Misture 10 ml de óleo de nim a 1 litro de água morna com sabão de coco e pulverize sobre as folhas da planta. Isso extrai lagartos, pulgões, cochonilhas e outras pragas.
REPELENTES À BASE DE EXTRATO DE CITRONELA, ALHO OU PIMENTA-MALAGUETA
Podem ser encontrados em casas de jardinagem, mas podem ser feitos em casa muito facilmente. Basta misturar 100g de um dos ingredientes a 1 litro de água fervida. Depois de fria, borrife a misture sobre a planta, a cada 15 dias.
CHUCHU, ABÓBORA E CERVEJA CONTRA LESMAS
Pode parecer estranho, mas são coisas que atraem as lesmas e facilitam a sua retirada da horta. Faça o seguinte: corte pedaços de chuchu ou de abóbora crua e coloque-os em um jornal na horta. Durante a noite, as lesmas serão atraídas para ele. Ao amanhecer, elas estarão todas juntas ainda; isso facilita sua retirada e posterior extermínio.
Outra opção é embeber um pano ou estopa em cerveja. Faça o mesmo procedimento do chuchu e da abóbora. Ou então despeje a cerveja em um pratinho, com um pouco de sal. A cerveja atrairá as lesmas o sal servirá para desidratá-las.


Que tal plantas frutíferas em vaso?

Quem acha que em horta doméstica só se consegue plantar ervas, utilizadas em temperos e chás, está enganado. É possível cultivar certas frutas até mesmo em varandas de apartamentos!
Seja qual for a espécie escolhida, o vaso deve ser grande o suficiente para que as raízes possam crescer bem e, assim, ter uma boa produção de frutos. O vaso deve ter, no mínimo, 50 cm de altura e 40 cm de diâmetro. Deve, também, ter uma boa drenagem.
As frutíferas precisam de, pelo menos, 4 horas diárias de sol. As únicas que produzem frutos com um pouco menos de sol são: a romãzeira, a pitangueira e a jabuticabeira. Em apartamentos, se houver sol e a varanda for protegida de ventos fortes, elas se adaptarão bem. A seguir, você conherá o cultivo de algumas espécies que se adaptam ao plantio em vasos.

JABUTICABA
Apesar das suas raízes não serem profundas, precisam de bastante terra e espaço para se desenvolverem bem. Escolha um vaso com ao menos 50 cm de boca, 50 cm de altura, e um orifício no fundo com 2 cm de diâmetro para drenar. Coloque 5 cm de argila expandida ou pedra britada, mas sem tampar o furo. Cubra com uma camada de 5 cm de areia grossa. Complete com terra preparada e plante a muda.
Veja aqui mais informações sobre o cultivo da jabuticaba em casa.
ROMÃ
A mini romã é mais indicada para plantio em vasos. Se houver mais espaço em sua casa, pode optar pela romã comum, cujo arbusto pode chegar de 2 m. A rega dos vasos deverá ser mais frequente, de 2 a 3 vezes por semana. No verão, quando o calor é mais intenso, é necessário regar todos os dias, mas não encharque. Para favorecer a floração, deve-se deixar o solo um pouco mais seco na primavera.
AMORA
A melhor época para o plantio das mudas é a chuvosa. O vaso deverá ter, no mínimo, 50 cm de diâmetro, para 18 litros de substrato. Veja aqui mais informações sobre o cultivo da amora.
PITANGA
O vaso deve ter uma boa quantidade de matéria orgânica e húmus de minhoca, que deve ser anualmenta substituído ou parcialmente renovado. O vaso deve ter, pelo menos, 50 litros. Deve-se irrigar frequentemente, mas sem deixar encharcado. Após a colheita dos frutos, é recomendável fazer uma poda. Elimine o excesso de ramos do interior da copa e reduza os galhos muito longos. Utilize, para isso, uma tesoura de poda. Pode também os ramos doentes.


Fique atento: veja o ranking dos alimentos com mais agrotóxicos

Consumir menos alimentos industrializados e mais alimentos in natura (alimentos em estado vegetal ou animal que são consumidos em seu estado natural) - principalmente os vegetais como frutas, legumes e verduras - é importante para a saúde, pois evitam-se os aditivos químicos (conservantes, corantes, açúcar e sódio em excesso, etc.). Além disso, obtém-se mais nutrientes e fibras, que fortalecem o organismo e nos protegem de doenças. Porém, mesmo que estes alimentos estejam com uma aparência bonita e saudável, é preciso tomar cuidado com outros inimigos invisíveis a olho nu: os agrotóxicos.
Eles são utilizados para evitar perdas na produção de hortaliças e frutas, devido às doenças e ataques de pragas e insetos, e para que se mantenham graúdos, coloridos e bonitos até chegar à nossa mesa. E olha que a jornada é longa: os alimentos saem dos produtores; são levados até os distribuidores (entrepostos de abastecimento, mercados municipais, por exemplo); passam pelo comércio varejista (supermercados, feiras livres); chegando, finalmente, ao consumidor. Muitas vezes são quilômetros de distância entre uma ponta à outra. O problema é quando os agrotóxicos são aplicados de forma descontrolada, acarretam em prejuízos à saúde.
Em 2010, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) realizou um estudo onde avaliou os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos in natura que chegam à mesa do consumidor. Foram analisadas 2.488 amostras de 18 tipos de alimentos de cada um dos Estados do Brasil (com exceção de São Paulo, que não participou da análise), mais o Distrito Federal.
Os resultados foram divulgados no final de 2011 e revelam que muitos alimentos apresentam níveis de resíduos acima do recomendável ou com substâncias inadequadas e não aprovadas pelos órgãos oficiais. A seguir, mostramos uma lista dos 10 vegetais que mais apresentaram irregularidades nesta avaliação, assim como as respectivas porcentagens dos índices considerados insatisfatórios nas amostras:
1- Pimentão (91,8%)
2 - Morango (63,4%)
3 - Pepino (57,4%)
4 - Alface (54,2%)
5 - Cenoura (49,6%)
6 - Abacaxi (32,8%)
7 - Beterraba (32,6%)
8 - Couve (31,9%)
9 - Mamão (30,4%)
10 - Tomate (16,3%)
Ingerir alimentos com mais agrotóxicos do que é permitido pode acarretar - quando há menor exposição a essas substâncias - em: dores de cabeça, alergias e coceiras. Mas quando a exposição é maior e mais prolongada, pode causar câncer, problemas neurológicos e malformação fetal. Pesquisas recentes têm constatado uma relação entre os agrotóxicos e doenças do sistema nervoso.
Você pode obter mais detalhes sobre essa avaliação no site da ANVISA, na página do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), nome oficial da avaliação. Ali você encontra os relatórios de todas as análises realizadas desde 2001.


Que cuidados devemos ter antes de consumir alimentos tratados com agrotóxicos?

Como é impossível detectar a quantidade de aditivos químicos só de olhar para o alimento, é melhor tomarmos todo o tipo de cuidado antes de consumi-lo. Afinal, como já diz o velho ditado: “seguro morreu de velho”.
Pode-se recorrer a medidas básicas de higienização dos alimentos, mas é bom deixar claro que elas não eliminam totalmente os resíduos químicos, mas podem reduzir bastante a sua quantidade a ponto de não trazer maiores prejuízos à saúde. Além disso, as medidas de higiene visam eliminar microrganismos e resíduos de terra.
Veja o passo a passo da higienização das frutas e hortaliças, desde o momento em que elas chegam das compras até a hora de consumi-las:
- Quando for comprar, preste atenção nos alimentos. Alguns agrotóxicos são usados para melhorar a aparência deles. Se a superfície da fruta ou do legume estiver muito brilhante ou com cores muito vivas, desconfie. Pode ser que tenha passado por ação de agrotóxicos;
- Antes de começar a lavar, retire as folhas mais estragadas ou as partes mais externas, pois os agrotóxicos ficam depositados na superfície;
- Mas saiba que, muitas vezes, as substâncias químicas da casca podem chegar ao conteúdo da fruta. Isso pode ocorrer quando ela é cortada ou perfurada antes de ser lavada. Por isso, cuidado na hora de escolher o alimento. Desconfie dos amassados e dos furos na casca;
- As verduras, frutas e legumes devem ser lavadas em água corrente e abundante por cerca de 1 minuto. Esfregue com mãos a fim de retirar possíveis sujeirinhas. Se achar necessário, utilize uma escovinha para esfregar frutas e legumes (que são menos delicadas que as verduras). Porém, cuide sempre da higienização da escovinha; caso contrário, em vez de limpar, irá contaminar ainda mais o alimento;
- Verduras devem ser lavadas folha por folha;
- Embora muitos recomendem o uso de detergente ou sabão para lavar os alimentos, não é necessário. Só água corrente e água sanitária bastam para retirar sujeiras e desinfetar;
- Em seguida, mergulhe por 15 minutos em uma solução de 1 colher de sopa de água sanitária em 1 litro de água, a fim de desinfetar o alimento. É a chamada solução clorada;
- Especialistas afirmam que usar vinagre ou bicarbonato de sódio na higienização dos alimentos não tem efeito nenhum. O mais eficaz é usar água sanitária mesmo;
- Retire a fruta ou hortaliça da solução clorada e lave em água corrente novamente para retirar os resquícios de água sanitária e possíveis sujeiras persistentes;
- Antes de acondicioná-las na geladeira, seque bem as frutas e hortaliças recém-higienizadas. Se forem guardadas ainda úmidas, podem correr o risco de se deteriorarem mais rápido. Armazene-as em sacos transparentes;
- Os vegetais in natura podem ser conservados de 4 a 8 dias na geladeira, em temperatura entre 0ºC e 10ºC.

Fonte: Biblioteca Virtual

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